Queria eu neste simples canto
Levar mensagem a quem pouco escuta
A natureza se vinga calada
Quando emprendemos contra ela a luta
O caponete que abrigou bugios
A motoserra há muito tombou
E as águas rasas que eram um bebedouro
Não fazem falta e o trator tapou
A escavadeira drenando banhados
Suor da terra que não se despoja
Mal orientados por novos doutores
Segue a ganância em nome da soja
Matar um sapo e virar pra cima!
Acender vela e orar pra santinha!
Um tratoraço na frente do banco
Como se a culpa nunca fosse minha
Novas posturas velho agricultor
Este será teu verdadeiro abrigo
Pra que teus filhos não colham o joio
Plante consciente sementes de trigo
A terra é xucra e nunca teve dono
Mas protegê-la se faz necessário
Quando num sulco tu virar semente
Há de picar um novo arrendatário
O consumismo, de uma nova era
Faz com que o homem tenha desamor
Nunca esquecendo que na vida ou morte
Quem nos enfeita é simplesmente a flor
Matar um sapo e virar pra cima!
Acender vela e orar pra santinha!
Um tratoraço na frente do banco
Como se a culpa nunca fosse minha
Quando o Sol brazino bastereia o campo
Traz caraminguado pra mesa dos senhores
Nessa culpa e meia, não tem mais desculpa
Do citar profano, de que assim quis Deus
Matar um sapo e virar pra cima!
Acender vela e orar pra santinha!
Um tratoraço na frente do banco
Como se a culpa nunca fosse minha
Um tratoraço na frente do banco
Como se a culpa
Nunca fosse, minha